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Bairro

Barra funda é um bairro da cidade de São Paulo, a região surgiu por volta de 1850 pertencente a antiga Fazenda Iguape, propriedade de Antônio da Silva Prado, o nome do bairro foi assim chamado devido sua construção ter sido iniciada no pedaço mais "brejoso" da propriedade, perfazendo o nome barra funda.

Logo após o loteamento da área, os primeiros a povoarem a região foram os italianos, que trabalhavam em serrarias e oficinas mecânicas, principalmente para atenderem a população do elitizado bairro vizinho dos Campos Elísios, muitos também trabalharam na ferrovia que seria inaugurada no final deste século.

 

O desenvolvimento maior da região ocorreu após a inauguração da Estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana, em 1875, funcionando como escoamento da produção de café paulista e também como armazém dos produtos que eram transportados do porto de Santos para o interior. 

Isso incentivou o aumento populacional e a ocupação da região e de seus arredores, que se intensificou com a criação, em 1892, da São Paulo Railway, inaugurada próxima à Estrada Sorocabana, justamente onde se encontra atualmente o Viaduto da Avenida Pacaembu. O crescimento demográfico na região proporcionado pela ferrovia fez com que essa passasse a trasportar, a partir de 1920, não apenas cargas mas também passageiros. A partir do século XX a população negra começou a povoar a região, alterando a característica essencialmente italiana da Barra Funda.

O primeiro bonde elétrico de São Paulo foi lançado em 7 de Maio de 1902, ligando a Barra Funda ao Largo São Bento. Neste trajeto, passava através das ruas Barra Funda, Brigadeiro Galvão, até seu ponto final, na rua Anhangüera.

Esse desenvolvimento comercial do bairro, aliado à grande facilidade no transporte e à proximidade dos elitizados bairro de Higienópolis e Campos Elísios, fez com que parte da elite paulista da indústria e do café se instalasse nessa região ao sul do bairro, entre a linha férrea e as margens do rio Tietê. 

As Indústrias Matarazzo empregavam boa parte da população da região, assim como em grande parte da cidade e foram a base do conhecido "Império Matarazzo", que foi se enfraquecendo até se extinguir na década de 80

O desenvolvimento da região sofreu um forte abalo com a crise de 1929, que resultou no fechamento de indústrias e deslocamento da elite dessa região, abandonando seus casarões (alguns se tornaram cortiços mais adiante

Em 1917 foi inaugurado o Teatro São Pedro. Três anos depois, o Palestra Itália de Sã Paulo comprou um terreno em que foi construído o Estádio Palestra Itália, pertencente ao clube que em 1942 mudaria seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras   

O Grupo mudaria seu nome nos anos seguintes para "Camisa Verde" mas foi obrigado à mudar logo depois por pressão do presidente Getúlio Vargas, que confundiu a associação com o Integralismo brasileiro (que adotava o verde como cor oficial). 

Finalmente, mudou o nome em 1953 para o atual Camisa Verde e Branco e mantém sua sede no distrito.

A partir da década de 70 começou a migração nordestina para a região e a atividade indústrial, anteriormente um dos grandes pontos fortes da Barra Funda, diminuiu sensívelmente. 

Essa situação começou a mudar apenas no final da década seguinte, com a construção do Terminal Intermodal Barra Funda, um dos maiores do país e com importância semelhante ao Terminal Rodoviario Tietê, pois reunia todas os tipos de transporte coletivo existentes na capital paulista: metrô (com a inauguração da estação terminal da linha 3 - Barra Funda), trens das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí, além de ônibus para viagens municipais, intermunicipais e internacionais. 

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Neste mesmo ano (1989) foi concluída a construção do Memorial da América Latina, um grande reduto cultural inaugurado sobre o antigo Largo da Banana e projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Tais obras trouxeram novo desenvolvimento ao bairro, com a revitalização de imóveis antigos, novos estabelecimentos comerciais e inclusive a instalação dos estúdios da Rede Record de televisão, a mais antiga do país em atividade, em 1995. 
 

História do Memorial da América Latina 

 

Memorial da América Latina foi fundado em 18 de março de 1989.

O edifício, arquitetado por Oscar Niemeyer, está localizado em uma área total de 84.482 metros quadrados de extensão. Além de Niemeyer, outra grande figura da cultura nacional ajudou na consolidação desse projeto. Para o planejamento cultural, foi chamado o antropólogo Darcy Ribeiro, árduo defensor da causa da integração latino-americana. Esta instituição de caráter público, independente, está ligada à Secretaria de Estado de Relações Institucionais.

A estrutura do Memorial é dividida em diversos prédios, posicionados em duas esferas que são conectadas por uma passarela. Todo o complexo tem, aproximadamente, 25.210 metros quadrados de construção, que engloba: o Salão de Atos, a Biblioteca Latino-Americana, o Centro de Estudos, a Galeria Marta Traba, o Pavilhão da Criatividade, o Auditório Simón Bolívar, o Anexo dos Congressistas e o Parlamento Latino-Americano.

Um dos mais significativos símbolos do memorial esta localizado na Praça Cívica. Trata-se de uma escultura moldada em concreto e conhecida como ‘A Grande Mão’. No Salão de Atos Tiradentes, é possível encontrar seis painéis que discorrem sobre a história da colonização desta fração do continente. O Auditório Simon Bolívar é célebre por ter recepcionado, desde sua inauguração, líderes do porte de Bill Clinton, Fidel Castro e Hugo Chávez, entre outros.

A Biblioteca conta com o maior patrimônio literário sobre a temática latino-americana; o leitor tem a sua disposição, para consulta local, aproximadamente 30 mil livros. O Pavilhão da Criatividade Popular Darcy Ribeiro, apresenta uma maquete com cerca de mil artefatos de pequeno porte, elaborada pelos artistas Gepp e Maia. Nela estão situadas as regiões turísticas mais significativas do continente latino-americano e também passagens da literatura destes países. Neste recanto está igualmente exposta, permanentemente, sua arte popular.

Neste complexo está localizado inclusive o Anexo dos Congressistas, reservado para eventos acadêmicos, diplomáticos e breves exposições e a Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana, instituída em 1998, igualmente elaborada por Oscar Niemeyer. Diversos shows e concertos já foram realizados ali, entre eles, os de Luciano Pavarotti e da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que fez deste espaço sua sede por muito tempo.

Aí também tiveram origem a Universidade de Música e a Orquestra Jazz Sinfônica. O Memorial recepciona constantemente grupos organizados para visitas gratuitas, guiadas por monitores especializados.

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Somos um grupo de alunos da Universidade Federal do ABC, orientados pela Professora Doutora Ana Maria Dietrich da disciplina Identidade e Cultura a realizar uma pesquisa e observação em um evento cultural aberto, com o objetivo de conhecer, observar, participar e divulgar este evento. Escolhemos assim o Dia Internacional do Yoga, organizado pelo grupo "Arte de Viver" em Barra Funda. 

Sobre Nós

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