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Caio Lins

A escolha do tema incialmente erámos fazer algo sobre religiosidade, não havíamos decido qual religião que iriamos tratar porém todos concordavam e sentiam a vontade de pesquisar sobre.

Debatendo sobre qual religião iriamos fazer o trabalho foi levantado sobre o evento do dia internacional do Yoga que acontecia no dia 24 de junho em São Paulo, foi de imediato o interesse de todos do grupo.

Decidimos o yoga por tratar-se de um tema explorado muita das vezes superficialmente nos meios de comunicação e instituições de ensino, levando muita das vezes a crer que trata-se somente de um “exercício”.

No domingo dia 24 de junho de 2018, acordei às 8:00 e não tomei café pois não estava com fome, perguntei no grupo como a galera ia vestida uma vez que eu nunca havia ido em aula/evento de yoga, após concordar que todos íamos de roupas leves, fui com uma calça bem fina, camiseta branca e tênis esportivo para que não ficasse cansado de andar, também verifiquei a temperatura do dia no celular para não correr riscos e passar por algum frio ou calor demais, levantamos a questão de levar tapetes para a pratica do yoga, como eu não possuía levei uma espécie de manta apenas para ficarmos sentados observando.

Sai de casa por volta das 9:00 porque eu moro na Mooca e passa um ônibus na avenida do bairro que me levaria até a Sé, local onde o grupo decidiu se encontrar.

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Esperei por cerca de 5 minutos até que o ônibus chegasse e utilizei o seguinte itinerário: Term. Pq. Dom Pedro II (4288-10), dentro do ônibus não havia muitas pessoas, e aquelas que estavam eram todas idosas pois o bairro existe uma grande concentração de pessoas da terceira idade, não deixei de refletir que o ônibus era movido a energia elétrica e me fez relembrar dos tempos que eu o utilizava para ir até a casa da minha avó, e o quanto os ônibus elétricos podem ajudar a diminuir a poluição numa cidade como São Paulo.

O trajeto demorou cerca de 20 minutos até que eu chegasse na Sé, chegando lá andei até a praça da Sé onde havia uma grande concentração de moradores de rua e a esplendorosa catedral:

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Chegando dentro da estação encontrei com o grupo e seguimos até a barra funda, dentro do metrô havia uma grande diversidade de pessoas, idosos, adultos, negros, brancos, pardos, e todo estilo de roupa, o percurso até a barra funda demorou cerca de 10 minutos.

Chegando na estação final barra funda, procuramos a placa de indicação do memorial da américa latina e seguimos a pé, o bairro em volta é de alto padrão e possui grandes condomínios residenciais, devido ao horário e dia do evento não haviam muitas pessoas na rua, quando chegamos no memorial já decorria alguma movimentação de pessoas que estava preparando seus tapetes para a pratica do yoga e também estavam realizando os testes de som nas grande caixas que foram colocadas próximo ao altar central do evento.

No dia fazia muito sol, e uma dos principais pontos que podemos observar foi a falta de arvores no memorial, há um grande espaço de concreto que por um lado facilita o tipo de evento de grande pessoas, entretanto sob o sol que fazia naquele dia era quase impossível permanecer durante muito tempo sem sentir uma dor de cabeça ou incomodo por flexionar os olhos.

Localizamos uma marquise com sombra, essa marquise leva para o outro lado do memorial onde você não precisa atravessar a avenida que fica ao lado, estendi minha manta e lá decidimos que ia ser a central da observação.

As pessoas que lá estavam em sua grande maioria eram mulheres, brancas e aparentavam ter entre 25 e 50 anos, todas elas vestidas com roupas bem leves e bem coloridas, essa cor que inclusive chamou atenção pois cada uma estava com um tapete diferente e após todos sentarem ficou muito bonito de ver aquele grande arco íris de pessoas, haviam homens também a idade aparente era entre 25 e 50 anos e as vestimentas eram mais sóbrias variando de branco ao azul, muitos deles com barba, crianças estavam presentes mas não eram maioria, pois muitas delas estavam lá com outros brinquedos, apareceram um grupo de ciclistas que deduzimos que estavam fazendo um percurso pela cidade e o ponto de descanso foi o memorial, todos estavam com bicicletas alugas, aquelas do Itaú.

No início ficamos tirando fotos pois a coloração do evento chamou de fato muita atenção, dois integrantes do grupo ficaram no centro do evento para participar ativamente e o restante ficamos observando em baixo da marquise, também havíamos instrutores de branco distribuindo uma espécie de senha que seria um sorteio final.

O início por volta das 10:30 começou com a explicação sobre como seria o evento e sua razão de ser.

Iniciaram com a apresentação de dança típica da índia onde os homens que iriam se apresentar eram caucasianos e estavam vestidos com uma espécie de calça bem larga e tornozeleiras e também uma espécie de faixa, o som as vezes se fazia baixo porque passavam aviões com certa regularidade.

Após a dança iniciou-se a pratica do yoga em si, haviam instrutores do evento para auxiliar as pessoas pois alguns dos movimentos exige alguma força física do corpo e os monitores estavam auxiliando para que todos ficassem realizando de forma correta as instruções, no palco estava Sanjay Kumar que veio da Índia e estava liderando (em inglês com tradução simultânea) as posturas para quais as pessoas deveriam realizar.

Muitas das posturas pareciam ser bem complexas outras eram simples porém todas elas possuíam um significado e razão de ser realizada, as mulheres eram as que mais seguiam e realizam os movimentos, muitos homens ficaram apenas sentados em posição de lótus observando.

Neste período de tempo ficamos com fome e alguns integrantes do grupo, incluindo eu fomos comer na estação barra funda, saímos pela parte de trás do memorial e na saída encontramos um rapaz realizando um desenho num quadro apenas com tintas, como estava no início do desenho ficamos de voltar lá para ver o final.

Comemos cachorro quente e salgados no geral e compramos algo para beber pois estava bem quente, não demoramos mais que 30 minutos e retornamos ao evento.

Por volta das 12:30 entrou o palestrante Akash Barwal que ministrou seus conhecimentos sobre a organização arte de viver, que é uma organização internacional presente em mais de 164 países e seu objetivo é basicamente um mundo sem estresse e um mundo sem violência, Akash falou por alguns minutos com tradução simultânea e pode expressar o porquê muitas vezes se estressamos com coisas tão simples e não valorizamos o simples ato de viver, e que vivendo em sociedade como numa cidade igual a São Paulo perdemos essa noção e devemos nos reconectar com o nosso eu interior e buscar a felicidade interna.

Akash estava com roupa branca e leve, e falava pausadamente afim de que o tradutor pudesse transmitir a palavra dele, no final da palestra ele pediu para que todos ficassem em pé ao redor dele e continuou a proferir palavras de sabedoria de seu objeto de estudo.

No final do evento houve um sorteio para uma viagem para a Índia, onde ficamos todos apreensivos de íamos ganhar... e não, ninguém ganhou.

O evento terminou conforme programado pelas 13:30, e quando íamos embora localizamos o rapaz que estava fazendo a pintura no quadro, ele nos pediu que já que não podíamos contribuir financeiramente que divulgássemos

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Algumas pessoas do grupo retornaram para casa, porém Eu e outros integrantes decidimos ir visitar o memorial, onde fomos na exposição de arquitetura dos alunos do belas artes e depois ficamos observando o mapa de maquete da américa latina no chão.

Por volta das 14:10 voltamos para o metrô pois estávamos cansados, pegamos o metro na barra funda, a galera que estava comigo desceu antes e eu desci na estação Bresser-mooca, esperei o ônibus Jardim Itápolis e desci no último ponto da Paes de barros que é próximo da minha casa.

Chegando em casa (por volta das 14:50)  eu estava bem cansado pois o calor me deixou com uma sensação de exaustão, e logo em seguida fui cochilar.

No dia seguinte, acordei refletindo sobre como existe uma diversidade de cultura e como as vezes passamos muito tempo fechados dentro de nossas próprias identidades culturais, o fato de ser estimulado a conhecer novas culturas e pessoas me ajudou a quebrar a barreira do comodismo social, percebi também que as palavras do Akash fazem muito sentido pois as vezes nos estressamos com coisas tão simples que quando analisadas de fora só trazem energias ruins para nós, e passo a refletir desde então que tudo pode ser mais suave desde que meu ponto de vista e minha energia seja canalizada naquilo, claro que é um exercício diário conforme ele comentou mas não pode desistir no primeiro problema a vista.

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Somos um grupo de alunos da Universidade Federal do ABC, orientados pela Professora Doutora Ana Maria Dietrich da disciplina Identidade e Cultura a realizar uma pesquisa e observação em um evento cultural aberto, com o objetivo de conhecer, observar, participar e divulgar este evento. Escolhemos assim o Dia Internacional do Yoga, organizado pelo grupo "Arte de Viver" em Barra Funda. 

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