
Esdras Menezes
Às 8h25 da manhã eu saí de casa e fui de carro até o terminal Diadema onde me encontrei com o Matheus, não havia trânsito e haviam poucas pessoas na rua. Do terminal Diadema pegamos um trólebus até o terminal Jabaquara. O trólebus estava praticamente vazio, e das pessoas lá presentes, a maioria eram idosos. A rua também estava com pouco transito.
Na estação Jabaquara embarcamos no metrô com destino à estação Sé. No metrô havia grande diversidade de pessoas, entre elas podia-se observar muitas delas com malas/mochilas e muitas trajando camiseta da seleção brasileira (época de copa do mundo). Haviam muitos skatistas no metrô e todos desceram na mesma estação.
Na estação Sé, o Matheus e eu nos encontramos com parte do grupo e fomos até a estação Barra Funda, dessa vez com o metrô mais cheio. Fomos caminhando da estação até o Memorial da América Latina, no trajeto não haviam muitas pessoas e havia um grupo de moradores de rua em uma área entre um lado da rua e outro com duas árvores.

Ao chegar no local já haviam algumas pessoas lá para o evento e o palco já estava montado com as pessoas em frente montando seus tapetes. Ainda estávamos um pouco perdidos sobre se podíamos ou não filmar/fotografar e resolvemos conversar com uma das pessoas no local. A pessoa nos avisou que podíamos filmar e informou melhor sobre as atividades do evento.
Logo começamos a tirar algumas fotos do local e andar por lá para conhecer melhor o memorial. O espaço era a céu aberto e fazia muito calor além de todos estarem expostos ao Sol, devido a isso nós nos alocamos em baixo de uma ponte que lá havia. Não só nós mas também alguns grupos de participantes do evento se acomodaram no ponto com sombra onde poderiam ainda enxergar o palco (e haviam instrutores nessa área para caso não conseguissem ver o palco) e participar do evento tendo proteção do Sol.
Caminhando pelo local fomos abordados por uma moça que oferecia um papel para um sorteio que seria realizado, valendo passagens terrestres pela Índia, todos ali aceitaram o papel mas nenhum de nós ganhou o sorteio.
A abertura do evento contou com uma apresentação de dança indiana tendo como fundo músicas com referências a deuses hindus. Os participantes da dança estavam vestidos a caráter e eram de ambos os gêneros e possuíam diferentes portes físicos. Antes de cada dança, era lido um texto sobre o deus que seria homenageado. As músicas eram muito calmas e transmitiam uma sensação de paz e relaxamento.
O grupo estava dividido, alguns participavam das atividades do evento (Matheus e Luis Felipe), enquanto outros se revezavam entre tirar fotos e se proteger do sol em baixo da ponte onde estávamos acomodados. Após assistir e filmar as apresentações de dança iniciais, fiquei um tempo na sombra para futuras queimaduras na pele.
Em determinado momento parte do grupo estava com fome e resolvemos ir até a estação para comer alguma coisa. Fomos caminhando até lá e comemos hot dogs. A estação estava relativamente movimentada e haviam os mais variados tipos e tribos de pessoas. Na volta ao evento encontramos um moço pedindo esmola com dois gatinhos filhotes na mão.
Ao voltarmos para o local, continuamos a tirar fotos e admirar o evento. O calor permanecia então ainda ficamos na sombra.
Era notável a variedade de cores no evento, tanto as roupas quanto os tapetes eram bem coloridos e isso dava um aspecto muito belo ao local e de certa forma tornava o ambiente alegre.
As pessoas no local eram predominantemente brancas, haviam pouquíssimos negros. Haviam tanto homens quanto mulheres presentes.
Após as atividades houve uma palestra (ou pode se entender como apenas uma conversa) motivacional. Ele foi até o meio de onde as pessoas estavam e todos se reuniram em volta para ouvi-lo, um tradutor simultâneo o auxiliava na comunicação com o público.
Quando estávamos nos preparando para voltar, encontramos um artista que realizava pinturas em azulejo e conversamos um pouco com ele. Tiramos fotos dele com uma de suas obras.

Na volta o grupo se separou, alguns foram ver uma exposição e o restante foi andando até a estação Barra Funda. Já na estação Victor N e Matheus foram comer, Victor P e eu os esperamos pois voltaríamos juntos. Nós 4 pegamos o metrô e nos separamos na estação Sé onde eu e o Matheus descemos e pegamos a linha Azul sentido Jabaquara. Já no Jabaquara pegamos o trólebus até o Terminal Diadema e lá pegamos o mesmo ônibus até nossas casas, eu desci antes e caminhei um pouco ate chegar.


No dia seguinte as sensações foram:
Cansaço devido ao trajeto e ao evento.
Leves queimaduras na pele devido a exposição ao Sol.
Dor leve nos locais com queimadura.
Curiosidade pela cultura indiana.
Mais respeito por decisões individuais e escolhas de vida, por aquilo que a sociedade julga como correto, nem sempre é o melhor para a pessoa em sua busca pela felicidade. O discurso feito após o evento alimentou mais esse sentimento.
Relaxamento físico e mental, apesar do cansaço e preguiça.