
Kaio Barbarelli
Como moro em São Paulo, ficou mais simples para encontrar o grupo no próprio evento. Às 8h meu celular despertou, acordei, tomei café da manhã – pão de queijo com café preto –, tomei banho, me troquei e saí de casa por volta das 9h.
Por ser um domingo de manhã, as ruas que ando para chegar ao ponto de ônibus estavam praticamente vazias, exceto por alguns idosos vestidos com bermudas, camisas coloridas e calçando sandálias. Alguns estavam caminhando em direção a padaria e outros estavam varrendo a calçada.
Outra vez por ser domingo o transporte público em São Paulo demorou mais do que o habitual para chegar; esperei pelo ônibus 574J-10 (Terminal Vila Carrão) por cerca de trinta minutos. Em metade deste período fiquei sozinho no ponto de ônibus, na outra metade um casal vestido com roupas de verão (ele de bermuda e blusa branca, ela de vestido amarelo) chegou e estavam conversando sobre os planos para o domingo – pelo que entendi, ambos estavam indo ao Ibirapuera.
Quando finalmente consegui entrar no ônibus ele estava quase vazio. Das poucas pessoas presentes, antes da catraca todos eram idosos, vestidos com roupas claras e segurando sacolas de feira aparentemente vazias – creio que estavam indo as compras, já que o ônibus passa na frente de um hipermercado. Após a catraca, havia uma adolescente mexendo no celular e dois rapazes de óculos escuro que estavam sentados nos últimos assentos do ônibus conversando.
Cheguei na estação Sacomã (linha 2 verde do Metrô) por volta das 9h50 e embarquei no vagão sentido Vila Madalena. No metrô, as pessoas eram, em sua maioria, jovens que provavelmente estavam indo para a Paulista – aos domingos a Avenida fica fechada para veículos. Lá estavam alguns casais, pessoas com fone de ouvido, jovens com mochila e pessoas com roupas claras – provavelmente por conta da temperatura elevada deste dia.
Saindo da linha verde, desembarquei na Estação Paraíso e fui para linha azul em direção a estação Tucuruvi. Durante este trajeto, pude observar que estava mais cheia que a linha verde com pessoas de todas as idades. Desembarquei na estação Sé (linha vermelha) e fiz a última baldeação sentido Barra Funda, meu destino. Foi a mais lotada de todo o meu percurso e a única que teve um vendedor ambulante que estava comercializando ilegalmente balas de goma sabor menta.
Quando cheguei na estação final, as pessoas possuíam malas de viagem – isto já era esperado pois lá funciona um terminal rodoviário com ônibus que ligam o Brasil todo. Também haviam algumas pessoas com roupa de frio provavelmente voltando de viagem e ambulantes vendendo coisas. Saindo da estação, fui em direção ao Memorial da América Latina que fica muito próximo do metrô e finalmente cheguei no evento por volta das 10h30.
Após todo o evento, fomos embora por volta das 13h10. O metrô estava bem mais cheio em comparação com o meu trajeto da ida, mas o percurso durou praticamente o mesmo período. Em todas as linhas do metrô, o público neste horário era bem semelhante: famílias com pessoas de todas as idades estavam indo curtir sua tarde de domingo. Muitas desceram na estação da Liberdade (bairro tradicional da cultura japonesa) e muitas nas estações da Avenida Paulista; nessas, muitos jovens estavam com skates.
Quando cheguei na estação do Metrô Sacomã e embarquei no ônibus, ele estava bem mais cheio se comparado ao que peguei de manhã. Lá também haviam muitas famílias que provavelmente estavam voltando para casa após uma manhã de lazer. Cheguei em casa por volta das 14h15, com muita fome e contemplado após ter uma bela manhã.
Sensações de paz e espiritualidade, por conta da própria experiência com o Yoga que promovem estes sentimentos. Sensação de imprudência e arrependimento, por não ter passado protetor solar em um dia tão ensolarado como o que foi no dia do Yoga. Sensação de grandiosidade ao saber que o mundo possui muitas culturas diferentes e belas por si só. Emoções como felicidade e vontade de conhecer mais sobre a cultura oriental.
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