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William Alves

Saio de casa por volta das 06:43 e vou em direção ao ponto de ônibus para conseguir pegar a linha que me deixa no terminal mais próximo, para então seguir viagem até o centro de Mauá-SP. A distância do terminal central municipal até a minha residência são de aproximadamente 8 quilômetros, durante o trajeto desta pequena linha o cenário acaba ficando mais denso, ou seja, cresce o número habitantes por km² e a área verde vai ficando cada vez mais longe. 

Chego ao terminal do Itapeva em 06:51 e pego um ônibus maior que parte às 06:56. Essa linha passa por quase toda a sua extensão na Avenida Barão de Mauá, sendo uma das principais vias arteriais da cidade, passando pelo centro e em vários bairros. Em 07:18 já estou dentro do trem, na qual peguei na estação de Mauá na linha 10 turquesa com destino a estação Brás, o leito ferroviário segue margeando o rio Tamanduateí e durante o trajeto há uma alteração do meio urbano e industrial a todo o momento, desde o pólo petroquímico até os grandes prédios, das fábricas de pneus até os bairros operários, além disso tudo é muito próximo da linha férrea. Outro fator importante é que não havia um fluxo muito grande de pessoas, dado ao fato de o dia em questão era Domingo, o perfil dos usuários do trem eram principalmente jovens com celulares nas mãos e alguns idosos, usavam roupas mais esportivas.

Já são 07:40 e este é o horário que desembarco da estação Tamanduateí e vou pegando a linha 2 verde do Metrô de São Paulo até a estação Ana Rosa e então fazer a troca de linha para a linha 1 azul, grande parte da rota desta linha é feita no subsolo e passa por bairros da região sul e central da capital paulista, as poucas pessoas presentes eram pessoas jovens. Chego aproximadamente 08:05 na estação da Sé, por conta de um pequeno engano no horário eu acabei chegando mais cedo do que qualquer integrante e enquanto espero o restante do grupo eu vejo um aparato, que é parte de um vagão de metrô na cor cinza, onde há uma cabine que pode ser visitada pelo público e no sentido contrário vejo uma escultura com um formato de uma silhueta em posição vertical e de cor preta dentro das instalações da estação.

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Após dar uma caminhada pela estação eu fico no banco esperando e atualizando as leituras obrigatórias do curso, como por exemplo o livro Ciência, Tecnologia e Sociedade, de Waldemar Bazzo. O perfil das pessoas na estação sé eram pessoas que estavam sentados perto das tomadas fornecidas pela estação e alguns grupos de jovens com skate 09:20 é o horário em que parte da turma aparece (Evelyn, Luiz, Victor e Victor), estes vão em minha direção e em seguida seguimos caminho até a plataforma da linha 3 Vermelha sentido Palmeiras-Barra Funda e após 4 minutos encontramos Esdras e Matheus, que vieram da linha 1 azul e em seguida o Caio Lins, que veio de ônibus até a dita estação. Em 09:33 o metrô chega e após 4 estações a turma chega 09:50 na estação Palmeiras-Barra Funda

Entramos no Memorial, por um portão de acesso ao local e lá é um espaço aberto, com estruturas de cor predominantemente branca e cinza, o chão é de concreto e não haviam muitas árvores nos arredores e o evento ainda estava se preparando para começar, já que a equipe que irá realizar o evento já estava presente no local, fazendo apenas os ajustes para posicionar o palanque, o som, e os banners de divulgação do evento. A sensação inicial era sonora, pois tocavam várias músicas e isso contrastava com o barulho dos carros passando pela avenida mais próxima. O sol se fez presente e a temperatura do local era considerada incomum para um dia de inverno.

Em 09:59 aparece o Kaio Barbarelli, que veio de ônibus por morar na capital, nesse momento estávamos debaixo de uma passarela que passava por cima de uma grande avenida para dar acesso as outras instalações do Memorial da América Latina. Existem várias pessoas sentadas próximas do palanque e elas expõem um tapete retangular de variadas cores no chão, as vestes destas pessoas eram um grande contraste, ou seja, roupas coloridas, roupas adequadas para exercícios, roupas sociais etc, o público médio é adulto mas ainda era possível observar que existiam pessoas mais velhas e crianças acompanhadas por seus responsáveis, enquanto não começava o evento as pessoas ficavam em grupos conversando ou mexendo nos seus celulares.

Teve 2 manifestações artísticas, sendo que a primeira era o ritual de iniciação em agradecimento ao Ganesha e em seguida para Shiva Shiva e os presentes no local. 10:52 aparece o Luís Gustavo, que por problemas pessoais não conseguiu chegar mais cedo, neste momento as apresentações iniciais acabam e todos começam a se preparar para iniciar a meditação.

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Às 11:06 as pessoas começam a se fixar nos seus respectivos tapetes e o grupo se dividira para aqueles que estavam ao sol, perto do palanque e aqueles que ficaram abaixo da passarela, ou seja, a direita do observador que estava no palanque. Um fato interessante é que as Pessoas esfregam as mãos, durante a prática do exercício e logo em seguida a aula Começa e é feita por Sanjay Kumar, ministro de turismo da República da Índia. Um fato desse momento é que todas as instruções dadas por ele para o exercício do Yoga eram em inglês, mas no evento existia um tradutor que dizia simultaneamente o que ele tinha dito.

11:12 é o horário que o Caio, Evelyn, Esdras, Victor Pereira e eu saímos para comer. Por conta do espaço não obter nenhum local para compra de lanches nós nos dirigimos até a estação Palmeiras-Barra Funda para procurar um estabelecimento que oferecesse um lanche de bom custo-benefício, e fomos caminhando em direção a entrada da CPTM que encontramos uma lanchonete que vendia cachorro quente prensado com a possibilidade de obter adicionais ao lanche. Comprei a opção número 3, que era o cachorro quente, adicionando cheddar por um real.

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11:35 é o horário em que voltamos até o Memorial novamente e neste momento a temperatura aumentava gradativamente, deixando o local cada vez mais quente e seco. Antes de encontrar o restante do pessoal nos deparamos com algumas pessoas que falavam outras línguas, trajando ternos da cor preta e que estavam gravando o evento numa passarela. Em aproximadamente 12:29 um helicóptero sobrevoa os arredores, fazendo um barulho estarrecedor e nesse momento o registrei numa foto. 12:35 o Arkash Barwal, uma personalidade que viaja ao mundo para divulgar o que aprendeu com o Yoga faz presença no local. Ele falava em inglês e o tradutor explicava os dizeres do Barwal logo em seguida 12:41 avistamos um senhor que estava sentado próximo ao evento, estava no sol e com a pele avermelhada, após parte do grupo se aproximar para observá-lo vimos que ele estava a desenhar sobre um azulejo de formato retangular, ao seu lado tinham as tintas e enquanto conversávamos ele colocava a tinta na superfície do dito azulejo usando os dedos. Teve sorteio de tapetes e de uma passagem terrestre para a Índia, sendo que seriam 5 sorteios para o tapete e apenas um para a passagem (com acompanhante). Não conseguimos ganhar nenhum dos dois citados,após o sorteio o evento foi declarado encerrado e todos foram se divindo para seguirem seu caminho. Neste momento o Luís Felipe diz que ficará no museu até mais tarde, o Caio, Evelyn e eu concordamos de ficar para ver algumas exposições. 13:16 é o horário em que alguns se despedem. Porém, antes de subirmos a passarela, às 13:18 voltamos a conversar com o mesmo senhor que estava fazendo o dito azulejo, dessa vez ele nos diz que a obra está concluída e pede para tirar uma foto e divulgá-lo como "pintando o azulejo com o dedo"

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Vamos ver algumas exposições no Memorial, a partir da passarela que dá acesso aos outros espaços. Lá tinha vários adereços e obras que se contrastavam e seguimos em direção para o outro espaço que mostrava um piso transparente e abaixo disso existia um mapa topográfico da América Latina.

 Em 13:56 Saímos e fomos pela linha vermelha sentido Corinthians-Itaquera para desembarcar no Brás. Em 14:15 o Caio se despede de nós na estação Brás e segue rumo na linha vermelha e o restante se dirigiu até a plataforma da linha 10 turquesa sentido Rio Grande da Serra. 15:00 Vamos até Santo André. Evelyn e Luís saem para continuarem seus destinos

Vou embora às 15:32, pegando o intermunicipal sentido Mauá Itapeva e pego esse ônibus por ser mais rápido do que os que eu peguei na ida e também por ser apenas uma condução. Durante o caminho eu refleti sobre as palavras que foram ditas durante o evento e percebi que ter estado naquele evento foi uma ótima oportunidade de pensar e repensar sobre o que eu quero para o futuro, enquanto isso o ônibus segue o seu caminho passando pelo centro de Mauá até chegar a um trecho cheio de morros com casas ou árvores, caminhos estreitos nas avenidas e curtos nas ruas, o ônibus manobra muito em trechos mais altos por conta das curvas serem muito fechadas. Após esse trecho o ônibus segue uma linha reta acabo chegando na minha casa em 16:18.

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Trajeto de ida: William

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Trajeto de volta:Evelyn, Luís e William.

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Trajeto de volta: William

Sensações do dia seguinte:
Acordei, pela primeira vez, com uma grande paz. Após uma semana inteira de longo estresse ocasionado por problemas cotidianos o dia da segunda feira foi o primeiro dia que consegui dormir 8h de sono regularmente, tive a sensação de plenitude por ter participado de uma grande celebração realizada em todo o mundo. Minhas sensações físicas foram de insolação (por ter ficado um tempo exposto aos raios solares) e cansaço por conta do trajeto longo. Outra sensação que tive foi o choque cultural proporcionado por uma prática milenar e de uma grande sintonia da mente com o corpo. Além disso, obtive o conhecimento de que a prática do Yoga não é apenas uma forma de melhorar o estresse, pelo contrário, ela é uma filosofia de vida que independente de recursos financeiros. É uma prática que reúne várias etnias, culturas, feições que juntos estão sempre a busca de controle de si próprio. Meu interesse pelo assunto foi tamanha que já cogito a possibilidade de praticar regularmente os exercícios.

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Somos um grupo de alunos da Universidade Federal do ABC, orientados pela Professora Doutora Ana Maria Dietrich da disciplina Identidade e Cultura a realizar uma pesquisa e observação em um evento cultural aberto, com o objetivo de conhecer, observar, participar e divulgar este evento. Escolhemos assim o Dia Internacional do Yoga, organizado pelo grupo "Arte de Viver" em Barra Funda. 

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